Linha do tempo do Projeto Portinari

1978

Durante o período de gestação do que viria a ser o Projeto Portinari, João Candido Portinari, filho do pintor, visitou inúmeras instituições nos Estados Unidos e na Europa. Consternado ao verificar que o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) possuía mais informações sobre Portinari do que todas as instituições brasileiras que havia visitado, João se deu conta de que precisaria “se movimentar”.

"Havia uma necessidade urgente de me dedicar à memória dele, de resgatar a memória dele que estava se perdendo".

A redação do 'Plano Portinari' contou com o apoio de Antonio César Olinto, Halina Grynberg, Armando Strozenberg, Leonel Kaz, e conselhos de Flávio Motta, Clarival do Prado Valladares, Israel Pedrosa, entre outros.

Um ano antes, o biógrafo de Portinari, Antonio Callado, denunciou em depoimento prestado a Ralph Camargo para o Catálogo da exposição Portinari Desenhista: "Segregado em coleções particulares, em salas de bancos, Candinho se vai tornando invisível. Vai continuar desmembrado o nosso maior pintor, como o Tiradentes que pintou?"

1979

O Projeto Portinari teve seu marco em 2 de abril, quando iniciou suas atividades em uma sala cedida pela Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, graças ao convênio assinado entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). É importante destacar a participação fundamental de José Pelúcio Ferreira, então presidente da FINEP.

Foram essenciais os conselhos do International Council of Museums (ICOM), e de outras entidades nacionais e internacionais, além de personalidades notáveis, especialmente na criação da metodologia de um trabalho sem precedentes no país. Renomados cientistas apoiaram a iniciativa, a exemplo de: Aristides Pacheco Leão, então presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Isaac Kerstenetzky, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Antonio César Olinto, fundador do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Lindolpho Carvalho Dias, diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre outros.

1980

A maior parte do acervo de documentos do Projeto teve origem no arquivo da família do artista, e vem sendo enriquecido, ao longo dos anos, por intermédio de doações de instituições e/ou de pessoas ou permutas.

Foi assim que o Projeto Portinari realizou uma importante permuta com o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo, oferecendo o conjunto de cartas enviadas por Candido Portinari a Mário de Andrade, recebendo, em reciprocidade, as que Mário lhe remeteu. O mesmo ocorreu com a correspondência trocada entre Portinari e Carlos Drummond de Andrade, cuja permuta foi feita diretamente com o poeta, assim como com a correspondência trocada entre o artista e Gustavo Capanema, esta permutada com o Centro de Pesquisa e Documentação (CPDoc) da Fundação Getúlio Vargas.

O professor João Candido visitou os laboratórios de pesquisa da Kodak, o Instituto de Tecnologia de Rochester, e o Museu Internacional da Fotografia, todos em Rochester, nos EUA, assim como a Polaroid, em Cambridge, Massachusetts. onde consultou cientistas que estavam empenhados em pesquisas sobre a preservação da imagem colorida, dando os primeiros passos na área da imagem digital.

Carlos Drummond de Andrade escreveu a crônica Um artista. Um mundo a revelar e desdobrar (Jornal do Brasil, 10.05.1980), na qual abordou o objetivo do Projeto Portinari, que além de catalogar toda a produção de Candido Portinari e apresentá-la por muitos meios de comunicação, também seria a criação de um Centro Cultural ou uma Fundação Portinari.

Neste mesmo ano, a reitoria da PUC-RIO cedeu ao Projeto Portinari o porão elevado do Solar Grandjean de Montigny para as suas instalações.

Uma ampla campanha promovida pela Rede Globo e pela Fundação Roberto Marinho divulgou, em rede nacional de televisão, ao longo de três anos (1981-1983), chamadas de trinta segundos em vários horários (foram veiculadas também chamadas regionais em diversos estados brasileiros), pedindo a colaboração do público para o trabalho do Projeto Portinari. Como resultado, o Projeto recebeu mais de três mil cartas de todo o Brasil, com informações sobre obras e documentos referentes ao pintor. A vida e a obra de Portinari foram temas de um programa do 'Globo Repórter', em 1980, e da campanha de Natal da emissora, em 1982. Em inúmeras ocasiões, o Projeto Portinari foi focalizado na programação da Rede Globo, recebendo destaque em várias edições do 'Jornal Nacional' e em outros programas de grande audiência.

1981

Foi assinado o convênio com a Fundação Nacional das Artes (Funarte) em apoio ao Programa de História Oral, com o objetivo de registrar testemunhos sobre o artista, criando um acervo de 130 horas gravadas com 74 contemporâneos do pintor. O Projeto Portinari beneficiou-se da experiência do CPDoc, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, especialmente de suas pesquisadoras Aspásia Camargo e Celina Vargas do Amaral Peixoto.

O Ministério das Relações Exteriores enviou circular a todas as missões diplomáticas brasileiras, para que em cada local, a Embaixada, o Consulado e a Missão Comercial, apoiassem os trabalhos do Projeto Portinari, ajudando na localização de obras e documentos, e na logística das visitas aos proprietários para registro e fotografia.

1982

O biógrafo de Portinari, Antônio Callado, escreveu artigo na revista 'Isto É', no qual ele definiu o Projeto Portinari como “um trabalho de amor e técnica”.

1983

O Projeto Portinari recebeu apoio da Viação Aérea Rio-Grandense (Varig) por meio de passagens para o exterior para auxiliar na tarefa de localização das obras e do material documental. Além deste apoio financeiro, a mais importante empresa de transportes aéreos à época enviou circular a todas as suas agências no Brasil e no exterior, pedindo que auxiliassem o Projeto Portinari.

1985

Durante muitos anos o Projeto Portinari teve uma única face visível: uma palestra audiovisual que continua percorrendo todo o Brasil, assim como alguns países da Europa, Cuba, México, Argentina, EUA, etc.

Nela, o Professor João Candido Portinari apresenta, além do trabalho do próprio Projeto e a vida e época do pintor, uma amostra de mais de 200 obras, levando ao público algo que nem ao próprio pintor foi dado assistir: uma visão de conjunto de sua obra, inédita e cuja abrangência vai muito além do acervo de qualquer local, museu ou coleção particular.

1989

Foi criada a Associação Cultural Candido Portinari (ACCP), pessoa jurídica do Projeto Portinari, tendo como primeiro Presidente o professor Afonso Arinos.

O Projeto Portinari foi convidado pela União Soviética (URSS) para realizar uma exposição retrospectiva de Portinari no Hermitage, em Leningrado (hoje São Petersburgo). O professor João Candido foi a Moscou para as tratativas, mas a grande mudança política que extinguiu a URSS impediu a realização do evento.

1990

Oscar Niemeyer respondeu generosamente ao pleito do Projeto Portinari, oferecendo-lhe um projeto para o 'Museu Portinari'.

1993

Foi criado o Studio Portinari, empresa que alia informática às artes gráficas, como forma de manter o Projeto Portinari.

1995

Os painéis de Portinari da Capela Mayrink, na Tijuca, foram roubados em 1993 e recuperados em 1994, em 1995 passaram a integrar o acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O Projeto Portinari buscou patrocínio para as réplicas expostas atualmente na Capela.

Foi organizado e publicado o livro Portinari, amico mio: cartas de Mário de Andrade a Candido Portinari.

1996

Foi assinado o convênio com a Petrobras para o 'Projeto Pincelada', usando tecnologia criada pelos professores João Portinari e George Svetlichny, da PUC-Rio, que permite atestar a autenticidade das obras de Portinari pela identificação do padrão de pincelada do artista.

Foi organizado e publicado o livro Dom Quixote: Cervantes, Portinari, Drummond, com desenhos de Portinari.

Foi prestada assessoria à pesquisa da professora Annateresa Fabris, da Universidade de São Paulo (USP), para a publicação de seu livro Portinari, pela EDUSP.

Foi prestada assessoria técnica para o livro infantil Encontro com Portinari, de autoria de Rosane Acedo e Cecília Aranha, integrando a Coleção Encontro com a Arte Brasileira.

1997

Foi realizada a curadoria da exposição Retrospectiva Portinari: Drama e Poesia, em comemoração aos 50 anos de fundação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), com obras localizadas pelo Projeto que nunca haviam sido apresentadas, como Baile na roça (1923-1924), primeira obra de Portinari com temática brasileira.

Foi dado início ao programa de arte-educação 'O Brasil de Portinari', patrocinado inicialmente pela Petrobras, dirigido à rede escolar do Ensino Fundamental e Médio, realizando exposições e oficinas em todas as capitais brasileiras.

Foram realizadas a direção técnica e coordenação (conteúdo e produção) do livro Portinari, publicado pelas Edições Velox.

Foi prestada assessoria técnica para o livro Portinari, vou Pintar aquela Gente, com texto de Nilson Moulin e ilustrações de Rubens Matuck, pela Editora Callis.

Tem início a parceria metodológica do Projeto Portinari com a Petrobras para organização e difusão do acervo fotográfico e filmográfico da empresa, visando a construção de um banco de dados, utilizando a expertise desenvolvida pela equipe do acervo do Projeto Portinari.

1998

O navio-escola da Marinha brasileira partiu do Rio de Janeiro com a exposição de réplicas das obras de Portinari, exibidas em 18 portos de diferentes países.

Foi prestada assessoria técnica para o livro infantil Portinari, de autoria de Nadine Trzmielina e Angelo Bonito, publicado pela Editora Callis.

1999

O Projeto Portinari foi finalista do Prêmio IBest 99.

Foi organizado e publicado o livro Poemas de Candido Portinari.

Realização da exposição O Interior de Portinari, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo, patrocinada pela CPFL Energia, a EPTV, e a Secretaria Municipal de Cultura de Ribeirão Preto.

Foi prestada assessoria técnica para o livro infantil Candido Portinari, de autoria de Nereide Schilaro Santa Rosa, pela Editora Moderna.

Como parte do programa de arte-educação, foram iniciados os projetos: 'Portinari nos presídios', 'Portinari nos morros cariocas' (em parceria com o Comitê para a Democratização da Informática – CDI), 'Expedição Portinari nos rios brasileiros' (que percorreu o rio Paraguai a bordo de uma chalana) e 'Se eu fosse Portinari' (com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), realizado em 14 Cieps do Estado do Rio de Janeiro).

2001

Organização e reedição revista e ampliada do livro Portinari, o menino de Brodósqui: retalhos de minha vida de infância, com tiragem de 40 mil exemplares, patrocinada pela empresa O Boticário, que procedeu à sua venda, junto à sua colônia “Portinari”.

2002

Apresentação do projeto do 'Memorial Portinari', em Brodowski, assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em comemoração ao centenário do artista.

O ano de 2003 foi estabelecido como o “Ano Portinari” pela governadora do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva.

O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, promulgou decreto instituindo o ano de 2003, como o “Ano Nacional Candido Portinari”.

2003

O centenário de Portinari foi marcado por eventos comemorativos como: a exposição Portinari, Pintor da Paz, no Palácio Itamaraty, em Brasília; a mostra 'Tempo Portinari', no SESC-RJ; a remontagem do espetáculo Baile na Roça: Coreografias para Portinari, pelo Balé da Cidade de São Paulo, nos teatros municipais de São Paulo e Rio de Janeiro; a temporada da peça Portinari, um menino de Brodowski, no Teatro Sesi; a pocket-opera Por Ti Portinari, no SESC São Paulo; a publicação da cronobiografia Candido Portinari: O lavrador de quadros; o lançamento, no Rio Datacentro da PUC-Rio, do CD-Rom 'Portinari multimídia', com cinco mil obras e 30 mil documentos sobre o pintor; a parceria entre o Projeto Portinari e a TeleListas; e a homenagem feita ao pintor pela escola de samba carioca Paraíso do Tuiuti.

Apoio técnico à reedição, pela Léo Christiano Editorial, do livro Portinari, biografia escrita pelo historiador e crítico de arte Antonio Bento, que foi colega de Portinari na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), e seu amigo de toda a vida.

O Senado Federal votou uma emenda à proposta de lei do Deputado Gastão Vieira, estendendo o “Ano Nacional Candido Portinari”, ao Biênio 2003-2004.

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acolhendo a proposta do Conselho Nacional de Política Cultural e do Ministério da Cultura, concedeu in memoriam a Candido Portinari a 'Ordem do Mérito Cultural'.

Também, no centenário de nascimento do pintor, por ocasião da entrega do 'Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade', o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) prestou homenagem extraordinária ao Projeto Portinari.

2004

Foi publicado o Catálogo Raisonné, obra completa de Portinari, como resultado de 25 anos de pesquisa do Projeto Portinari, coordenado por Christina Penna. Esta obra é a primeira do gênero publicada na América Latina.

O Projeto Portinari foi convidado a expor numa sala especial para Portinari, na 26ª Bienal de São Paulo. Na ocasião, houve o lançamento para o grande público do Catálogo Raisonné e a apresentação do mesmo, com nove horas de exibição das obras em projeção digital de todas as obras do pintor.

Foi realizada a exposição Candido Portinari: Visões de uma infância brasileira, a convite da Embaixada do Brasil, em Londres.

Também foi realizada a exposição Portinari, juntamente com o ciclo de conferências Candido Portinari y el sentido social del arte e o programa educativo 'O Brasil de Portinari', na Argentina.

O Catálogo Raisonné recebeu o prêmio 'Clio de História', pela Academia Paulistana de História.

O Presidente Fernando Henrique Cardoso decretou o biênio 2003-2004 como “Biênio Portinari”.

2005

O Catálogo Raisonné recebeu o prêmio 'Sérgio Milliet', pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA); o 'Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade', pelo IPHAN; e o prêmio 'Jabuti', pela Câmara Brasileira do Livro.

Foi realizada a exposição 'Portinari, Arte e Ciência', no Estação Ciência, em São Paulo, com curadoria da professora Suely Avellar e Cristina Marlasca.

2006

Execução do mosaico Jesus entre os Doutores, realizado pela artista plástica Isabel Ruas, coordenado por Noélia Coutinho e doado pelo Projeto Portinari à Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na PUC-Rio.

2007

Organização e publicação do livro Guerra e Paz: Portinari.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, falando, pela primeira vez em 50 anos, sobre os painéis Guerra e Paz, presente do Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU), ali instalados em 1957.

Junto ao professor João Candido, o Presidente Lula ofereceu o livro Guerra e Paz: Portinari, produzido pelo Projeto Portinari, ao Secretário-Geral da ONU, Ban-Ki-Moon.

O professor João Candido recebeu o título de 'Cidadão Honorário de São Carlos', São Paulo.

2008

O professor João Candido foi agraciado pela Presidência da República com a 'Ordem do Mérito Cultural', na categoria de Comendador.

2009

O Projeto Portinari seguiu a Marinha do Brasil em expedição de ajuda humanitária, percorrendo o Rio Purus, na Amazônia, com a exposição 'O Brasil de Portinari'.

O cantor Milton Nascimento visitou o Projeto Portinari e o Museu Casa de Portinari, em Brodowski. Milton compôs música e letra sobre os painéis Guerra e Paz.

Hamilton de Holanda publicou um CD com músicas inspiradas nos painéis Guerra e Paz.

Foi realizada a primeira edição do projeto 'O bauzinho do pintor', patrocinado pelo Programa Petrobras Cultural no segmento Educação para as Artes. A edição foi dedicada à literatura brasileira, com a publicação do livro O menino de engenho, de José Lins do Rego, ilustrado por Portinari. O bauzinho com material educativo foi destinado a escolas públicas do Rio de Janeiro.

2010

Realização da exposição, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, dos painéis Guerra e Paz, pintados para a sede da ONU em Nova York. Os painéis foram trazidos ao Brasil pelo Projeto Portinari, que assumiu sua guarda perante o Governo Brasileiro e à ONU, e se encarregou de sua restauração.

O professor João Candido foi agraciado pela Escola Superior de Guerra, com a 'Medalha do Mérito Militar Marechal Cordeiro de Farias'.

O professor João Candido foi admitido, pelo Conselho da Ordem do Mérito da Defesa, do Ministério da Defesa, no 'Grau de Oficial do Quadro Suplementar'.

O professor João Candido recebeu da União Brasileira de Escritores, a 'Medalha Antônio Olinto', por relevantes serviços prestados à Cultura Brasileira.

2011

Realização da restauração dos painéis Guerra e Paz, no Palácio Gustavo Capanema. O Ateliê Aberto de Restauro franqueou ao público (mais de sete mil visitantes) o processo de restauração, contextualizando a vida e a obra de Portinari, a história da criação dos painéis e sua instalação na sede da ONU.

Foi realizada a segunda edição do projeto 'O bauzinho do pintor', dedicada ao tema arte e meio-ambiente. A exposição e as oficinas percorreram os estados da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.

A professora Suely Avellar, Coordenadora do Núcleo de Arte-Educação do Projeto Portinari, proferiu palestras para jovens educadores do Espaço Criança Esperança, e do CIEP Presidente João Goulart, onde foi montada por ela e sua equipe a exposição 'O Brasil de Portinari'.

Esta exposição é levada à Casa de Cultura de Conservatória, no Rio de Janeiro, à Casa de Cultura da Cidade de Deus e à Casa Brasil, em Imbariê, em Caxias, Rio de Janeiro.

O professor João Candido recebeu o 'Prêmio Trip Transformadores', outorgado pela Editora TRIP.

2012

Foi realizada a exposição Guerra e Paz, no Memorial da América Latina, em São Paulo, com painéis, estudos e documentos sobre a criação e trajetória das obras. A inauguração contou com a presença do ex-Presidente Lula e da então Presidente Dilma Rousseff, acompanhados de uma comitiva que incluiu vários Ministros de Estado, e recebeu o 'Prêmio Paulo Mendes de Almeida', outorgado pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, como “Melhor Exposição do Ano".

Esta exposição, excluídos os painéis originais Guerra e Paz, foi montada na Universidade de Fortaleza (Unifor), apresentando 52 estudos do pintor para o seus monumentais painéis, que foram expostos à entrada da Universidade, por meio de reproduções em tamanho natural (14 metros de altura cada painel).

A Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, do Rio de Janeiro, apresentou o enredo Por ti, Portinari: da tela para a realidade.

Foi lançado o catálogo Guerra e Paz, no Memorial da América Latina, organizado pelo professor João Candido e por Maria Duarte, Diretora-Executiva do 'Projeto Guerra e Paz' que ficou com a guarda dos painéis no período de 2010 a 2015.

O Projeto Portinari recebeu o Prêmio 'ABERJE 2012 São Paulo', outorgado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.

O professor João Candido foi eleito “Personalidade do Ano” pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), recebendo o (Prêmio Ciccillo Matarazzo).

2013

Foi publicada uma nova versão do Portal Portinari, com a obra de Portinari catalogada e digitalizada, além de imagens digitais de mais de 12 mil documentos. Resultado de mais de 30 anos de pesquisa do Projeto Portinari, o portal apresenta uma catalogação meticulosa da obra do pintor, abordando tanto sua vida quanto o contexto histórico em que viveu.

Oscar Niemeyer fez o projeto do 'Museu Portinari', de oito andares, que seria construído junto à PUC-Rio, em terreno cedido pela Prefeitura para este fim.

A exposição Guerra e Paz, em São Paulo, foi eleita a “Melhor exposição do ano”, pela Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA).

2014

Foi realizada a exposição Portinari na Coleção Castro Maya – IBRAM, no Museu Histórico do Estado do Pará.

Foi realizada a exposição Guerra e Paz, no Salon d’Honneur do Grand Palais, em Paris. Discursaram os Ministros da Cultura da França, Jean-François Colin, representando a Ministra Aurélie Filippetti, e do Brasil, Marta Suplicy, assim como o presidente da Réunion des Musées Nationaux, Jean-Paul Cluzel, e o responsável pela reforma da sede da ONU em Nova York, Michael Adlerstein, em cerimônia que contou com a presença do embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani.

Como parte do evento, uma mesa-redonda sobre o Projeto Portinari reuniu professores e pesquisadores da Universidade Paris VIII, em torno de uma palestra proferida pelo professor João Candido.

João Candido Portinari recebeu a 'Ordem de Rio Branco', outorgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

2015

No plenário da Assembleia-Geral da sede da ONU foi realizada a cerimônia 'Second Unvelling' de entrega dos painéis Guerra e Paz restaurados, em cerimônia-espetáculo realizada por Bia Lessa. Durante a cerimônia, foi lida a mensagem enviada pelo Papa Francisco sobre o significado da guerra e da paz. O Secretário-Geral da ONU, Ban-Ki-Moon, abriu a cerimônia com um emocionante discurso, no qual pediu um minuto de silêncio ao público, para homenagear Portinari.

Foi realizada a curadoria da exposição 'O Mundo de Candinho', no Parque Urbano Candido Portinari, em São Paulo.

2016

Foi prestada consultoria para a curadoria da exposição Portinari popular realizada no MASP.

2018

O professor João Candido recebeu o título de “Cidadão Honorário de Chiampo”, cidade natal do seu avô paterno, Giovan Battista Portinari, e, nesta cerimônia, proferiu palestra para o Prefeito Matteo Macilotti e seus colaboradores, com a presença da família Portinari e de personalidades locais.

2019

Lançamento de Poemas de Portinari, no Museu Nacional de Belas Artes. O livro, publicado originalmente em 1999, em sua nova edição foi ilustrado com pinturas do artista e editado pela Funarte.

Foi realizada a digitalização do acervo documental do Projeto Portinari pela empresa DocPRO, que dá acesso a 30 mil imagens por meio do link: http://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=COPortinari

Candido Portinari foi o primeiro artista brasileiro a ter sua obra publicada na plataforma do Google Arts & Culture Program. Esta iniciativa foi inaugurada em cerimônia realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Foi realizada a exposição Uma carta aos brasileiros: 40 anos do Projeto Portinari, no Solar Grandjean de Montigny – Museu Universitário da PUC-Rio.

O governo do Vêneto, região norte da Itália, tornou obrigatório o ensino de Portinari em todas as escolas da região.

2020

Em homenagem aos 80 anos da exposição Portinari of Brazil, em parceria com o Google Arts & Culture, o Projeto Portinari fez a curadoria da exposição virtual que reconstituiu as salas com as obras de Portinari no MoMA, em Nova York, em 1940. A exposição foi sucesso de crítica e público, inaugurando a fama mundial do pintor.

2021

Foi lançado o livro Dom Quixote, poemas de Drummond, ilustrações de Portinari e música de Norberto Macedo, fruto da parceria entre os Museus Castro Maya, o Instituto Cervantes, e o Projeto Portinari.

2022

Em 5 de março foi realizada a exposição Portinari para todos, no MIS Experience, em São Paulo.

E em 14 de março, foi realizada a exposição Portinari Ilustrador, na Embaixada da Itália, em Brasília.

Início das tratativas para as exposições de Guerra e Paz, de Portinari, na Itália e na China, em 2024.

Foi realizada a mudança da sede do Projeto Portinari para o novo espaço cedido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e implementação de sua nova fase, com recursos do incentivo da Lei Rouanet e ISS, já aprovados e captados junto à Vale e à Faros Investimentos, e com o patrocínio continuado da empresa Portinari Licenciamentos.

A Embaixada da Itália, em Brasília, recebeu, na Sala Nervi, a exposição Portinari Ilustrador, de 15 a 27 de março. O Projeto Portinari reuniu 28 gravuras originais dos livros O Alienista, de Machado de Assis, e Menino de engenho, de José Lins do Rego.

No período de 29 de junho a 12 de setembro foi realizada a exposição Portinari Raros, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, com curadoria de Marcello Dantas e apoio do Projeto Portinari.

Em 26 de setembro, João Candido Portinari recebeu o título de 'Oficial da Ordem da Estrela da Itália', no Consulado da Itália no Rio de Janeiro, entregue pelo embaixador Francesco Azzarello. A homenagem foi em reconhecimento à promoção e consolidação das relações entre a Itália e o Brasil.

Foi realizada a exposição 'Portinari - Arte e Meio Ambiente', composta por 23 réplicas digitais, impressas com pigmento mineral sobre papel de algodão. A exposição foi dividida em cinco módulos que abordavam questões importantes ligadas ao meio ambiente e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nove locais diferentes do Estado do Rio de Janeiro, com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal e com o patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Enauta Energia, receberam a exposição entre agosto de 2022 e junho de 2023.

2023

O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte recebeu, de 14 de junho a 7 de agosto de 2023, a exposição Portinari Raros, com curadoria de Marcello Dantas e apoio do Projeto Portinari, apresentando cerca de 200 obras.

Foi realizada a curadoria da exposição de réplicas 'Portinari - num pé de café nasci', inserida no evento São Paulo Coffee Festival, que foi realizado no Parque Ibirapuera, entre os dias 23 e 25 de junho de 2023. Na mostra foram comemorados os 120 anos do nascimento de Portinari, destacando-se a relação entre o artista e o café.

Exibida, anteriormente, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a exposição Portinari Raros, esteve em cartaz também no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, de 29 de agosto a 5 de novembro de 2023.

Entre os dias 23 e 27 de agosto, o Festival Literário de Paracatu (FliParacatu) recebeu a exposição de réplicas 'Portinari Negro'. As telas de Portinari inspiradas na história e cultura afro-brasileira ressaltaram a riqueza e a diversidade do povo negro, oferecendo um olhar profundo sobre sua contribuição para a identidade cultural de Paracatu e do Brasil.

 
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