OC-16

Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha (altar e azulejos internos e externos)

[1945]

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OC-16
É parte de
Contém 81

Informações Gerais

Nome
Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha (altar e azulejos internos e externos)
Histórico
No início da década de 40, Oscar Niemeyer Soares Filho foi convidado pelo então Prefeito Municipal Juscelino Kubitschek para projetar um conjunto de edifícios no novo bairro da Pampulha, entre eles a Igreja de São Francisco de Assis. Obra-prima da arquitetura modernista brasileira pelo seu caráter inovador, sua ornamentação é de autoria de Cândido Portinari, Alfredo Ceschiatti e Paulo Cabral da Rocha Werneck. O paisagismo ficou a cargo de Roberto Burle Marx. Em 1947, por proposição de Lúcio Costa, foi tombada pelo IPHAN, com a edificação já carecendo de cuidados. Foi entregue ao culto somente em 1959, pelo então Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom João Resende Costa. Em 1984, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHAN/MG) também tombou a Igreja. Descrição É composta por quatro arcadas, em concreto armado, revestido por pastilhas, sendo a maior a correspondente à nave. A torre sineira, à direita da fachada principal, é separada do corpo da Igreja, ao qual se liga por marquise de concreto armado, sustentada por dois pilaretes curvos. Ao centro aparece São Francisco de Assis de pé e de perfil, com os braços flexionados e as mãos abertas, tendo à sua frente um lobo. Ao lado, aparece uma figura de braços levantados e expressão de espanto. À esquerda, aparece uma outra figura enquadrada em janela, com os braços levantados. Na arcada à direita, aparece São Francisco sentado junto a uma árvore, com três aves à sua frente. Nas duas arcadas da esquerda aparecem imagens de São Francisco de pé e de perfil, em posição de marcha, com braços para a frente e uma figura de joelhos e mãos abaixadas. Fundo com linhas curvas em azul escuro, áreas brancas e azuis em tons degradé e enxadrezado com pássaros em pleno vôo e peixes, motivos que se repetem por todo o painel. Representação de episódios – os chamados milagres – da vida de São Francisco de Assis Nos correspondentes ao arco central, mais alto, além de São Francisco de Assis domesticando um lobo, na cidade de Gubbio, estariam, em prováveis interpretações, São Francisco, ainda jovem, em trajes civis, se dirigindo a um leproso para beijá-lo e, ao alto, enquadrada em janela, uma pessoa assustada com a expulsão dos demônios, por Frei Silvestre, na cidade de Arezzo. À direita, São Francisco falando a faisões. À esquerda, São Francisco, possivelmente, diante de Santa Clara que, ao abraçar a vida religiosa, corta simbolicamente os cabelos. À esquerda da fachada principal está o cruzeiro, em madeira. A fachada principal é toda envidraçada, com brise-soleil acima das esquadrias, ambos de metal. A fachada posterior é revestida por mural de azulejos de autoria de Portinari. As fachadas laterais não possuem abertura. Internamente, sua divisão é clara, com cada espaço desempenhando uma função. A nave, de pé-direito alto, revestida por forro de madeira que acompanha a cobertura, é ladeada por supedâneos e pelos quadros da Via Sacra. No átrio, à esquerda, localiza-se o batistério curvo e, à direita, escada sinuosa que leva ao coro, também com curvas. À frente, à esquerda, localizam-se o confessionário e o púlpito. Na capela-mor está a pintura mural de Portinari iluminada pela luz natural através de uma claraboia e no desnível entre as coberturas da nave e da capela-mor. Ao lado desta, à esquerda, em arcada menos, situa-se a capela do Santíssimo Sacramento. (Texto de Marcos de Oliveira)
Proprietário (texto)
Igreja de São Francisco de Assis - Pampulha - Belo Horizonte - MG
Observações
Uma pintura mural a têmpera (FCO2473 - fundo do altar). Seis painéis de azulejos (FCO2474 - fachada posterior, FCO2475 - púlpito, FCO2476 - confessionário e batistério, FCO2477 - bancada direita, FCO2478 - bancada esquerda, FCO2479 - coro). Ver também OC17 (Via Sacra) e OC56 (geral).

Descritores (citados/retratados)

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